LA PETITE MORT
O corpo se perde
numa dança hipnótica,
A respiração perde o ritmo.
o contrair, o relaxar do corpo.
A harmonia é maestral.
a palavra se perde,
Torna-se apenas gemido.
volta-se a ancestralidade,
o estado bruto.
o instinto.
- O que importa?
- Apenas o prazer!
Dar prazer, sentir prazer.
Nada mais!
O mundo corre lá fora,
Mas aos dois,
não há outro mundo,
a não ser aquele.
Os corpos se entrelaçam,
se mordem...
Os movimentos se tornam bruscos,
frenéticos.
ouvem-se estalos...
A boca entumecida, grita.
Geme o mais alto brado!
A força se concentra.
O falo, se contrai pulsante,
Delira-se o corpo
O toque é prazer,
Tudo é prazer!
Impera a lei de Thelema,
''Seja feita a nossa vontade.''
O leite é derramado!
O leite da vida!
Fecunda o útero,
Que guardará a semente.
Até brotar da terra,
o broto da vida.
Lentamente tudo se torna azul.
os corpos se dissipam,
Involuntariamente.
Quebra se a tênue linha da ascese.
Não há mais nada,
apenas o silêncio eterno.
O corpo morre.
A morte o mata,
Até tudo renascer.
Carlos Dias [18/11/13 - 14:05]
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