MARIPOSAS
A noite saem
com perfumes
caros
a sublimar o
fedor das suas almas.
Roupas
justas
Para não
deixar escapar
a tristeza
que as corroí.
Maquiagens
coloridas,
a esconder o
gris dos corações.
No rosto um
ardente sorriso,
Disfarce...
De sua
eterna melancolia.
Então, elas
caem na esbórnia!
Bebem
bebidas caras,
Fumam
cigarros caros,
Cheiram
cocaína cara,
E entregam
ao outro
Seus corpos
baratos...
Tornam-se
objetos
E perdem o
valor.
O valor
humano,
O calor...
Entregam-se
sem amor,
Apenas pelo prazer
De entregar,
Para assim
ver
Seu vazio
sublimar.
Depois de
libidinosa noitada
E quentes
amassos,
Voltam às
suas moradas,
Ainda com
gosto amargo:
na boca,
Com o corpo
repleto
de porra
e uma alma
vazia.
Então
inicia-se um novo dia...
E a noite saem,
Com perfumes
caros,
Roupas
justas,
Maquiagens
coloridas...
Sorrindo ao
léu,
Rostos de
porcelana...
Abraçando
tudo que veem,
Chupando o
máximo
Como um
buraco negro estrelar
Vampirizando
pessoas
Para o vácuo
das suas almas
e a solidão
dos corpos sublimar...
Pobres
mariposas do mundo novo!
O que mais
querem?
- Amor!
Por isso
saem a caçar toda noite,
Em busca de
amor,
Um amor que
não conhecem,
Mas se veem
nos filmes,
Nas novelas,
Ou sempre
que ligam a TV.
Um amor
líquido...
Que escorre
pelas mãos
Assim como a
porra
Que escorre
de seus corpos!
[Carlos Dias
26/11/13 - 13:42]
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