domingo, 27 de outubro de 2013

UM DEUS QUE MATA INDISCRIMINADAMENTE


Morrer, morrer, morrer...

Um medo que assola a todos, e por ser uma dádiva que estará presente a qualquer ser que esteja vivo, a morte assombra.  Assombra porque não sabemos o que há do outro lado, se é que existe outro lado. Mas deixemos de divagações e vamos para os fatos:

O fato é que, há muito queria ter assistido ao filme “Entrevista com Vampiro”, um filme antigo e que muitas vezes percebi, ao assisti-lo ontem, as peripécias tecnológicas chinfrins usadas para dá o efeito de uma atmosfera surreal, onde os vampiros tinham poderes mágicos... Enfim, não vim aqui neste texto fazer crítica de cinema, até porque não é minha área, mas uma coisa me despertou um interesse gigantesco e que o filme solapou no meu cérebro um questionamento incrivelmente novo: como podemos sentir a morte e o que é, de fato, a morte.

Bom, respostas exatas eu não tenho, mas uma das afirmativas do temido vampiro Lestat era – “Você acredita num deus, então você deveria matar sem medo e sem remorso, posto que, ele te fez a imagem e semelhança dele e só você não percebeu que ele mata indiscriminadamente a sua criação. Ele não escolhe cabeças, personalidades, cor de pele ou mesmo santidade. Ele simplesmente sai matando e digo matar porque ele é o todo poderoso e se permite a morte é porque está consentindo com ela. Mate também, se alimente e sinta a morte como a vida”.

Essas palavras me deixaram intrigado com as indagações do ardiloso vampiro, mas o que podemos tirar para hoje dessas afirmativas?

Esperamos piedade e o que nos aguarda é a morte, impiedosamente dolorosa e que jamais poderemos ouvir como se dá essa experiência para nos prepararmos, dai bate aquela dor insuportável do medo... Medo, muito medo. Pensamos até em nunca termos nascido para não experimentarmos o fato de que não mais existiremos um dia, pode ser hoje, amanhã, daqui a 2 anos...Sei lá!

Pois é caríssimo, não percebemos o poder que está em nossas mãos simplesmente pelo conforto de acreditar num paraíso e para que cheguemos a alcançar esta dádiva teremos que baixar a cabeça ao julgo deste deus matador e esperar caladinho pela dama vestida de cetim chamada morte.

Trágico, não é! Não creio nos finais felizes, eles sempre estão repletos de mentiras, ilusões e acima de tudo numa esperança que dói mais do que a única certeza que teremos nessa vida: a morte.

 

Chico Carneiro

08/06/2013

13:32hs...

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © 2013 Coletivo Chá das Cinco Todos os direitos reservados
Designed by CBTblogger @ themeforest. And Marcos Ellys