UM DEUS QUE MATA INDISCRIMINADAMENTE
Morrer, morrer, morrer...
Um medo que assola a todos,
e por ser uma dádiva que estará presente a qualquer ser que esteja vivo, a
morte assombra. Assombra porque não
sabemos o que há do outro lado, se é que existe outro lado. Mas deixemos de
divagações e vamos para os fatos:
O fato é que, há muito
queria ter assistido ao filme “Entrevista com Vampiro”, um filme antigo e que
muitas vezes percebi, ao assisti-lo ontem, as peripécias tecnológicas chinfrins
usadas para dá o efeito de uma atmosfera surreal, onde os vampiros tinham
poderes mágicos... Enfim, não vim aqui neste texto fazer crítica de cinema, até
porque não é minha área, mas uma coisa me despertou um interesse gigantesco e
que o filme solapou no meu cérebro um questionamento incrivelmente novo: como
podemos sentir a morte e o que é, de fato, a morte.
Bom, respostas exatas eu não
tenho, mas uma das afirmativas do temido vampiro Lestat era – “Você acredita num deus, então você deveria
matar sem medo e sem remorso, posto que, ele te fez a imagem e semelhança dele
e só você não percebeu que ele mata indiscriminadamente a sua criação. Ele não
escolhe cabeças, personalidades, cor de pele ou mesmo santidade. Ele
simplesmente sai matando e digo matar porque ele é o todo poderoso e se permite
a morte é porque está consentindo com ela. Mate também, se alimente e sinta a
morte como a vida”.
Essas palavras me deixaram
intrigado com as indagações do ardiloso vampiro, mas o que podemos tirar para
hoje dessas afirmativas?
Esperamos piedade e o que
nos aguarda é a morte, impiedosamente dolorosa e que jamais poderemos ouvir
como se dá essa experiência para nos prepararmos, dai bate aquela dor
insuportável do medo... Medo, muito medo. Pensamos até em nunca termos nascido
para não experimentarmos o fato de que não mais existiremos um dia, pode ser
hoje, amanhã, daqui a 2 anos...Sei lá!
Pois é caríssimo, não
percebemos o poder que está em nossas mãos simplesmente pelo conforto de
acreditar num paraíso e para que cheguemos a alcançar esta dádiva teremos que
baixar a cabeça ao julgo deste deus matador e esperar caladinho pela dama
vestida de cetim chamada morte.
Trágico, não é! Não creio nos finais felizes,
eles sempre estão repletos de mentiras, ilusões e acima de tudo numa esperança
que dói mais do que a única certeza que teremos nessa vida: a morte.
Chico Carneiro
08/06/2013
13:32hs...
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